quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Em tempos de Educação para o Futuro

A Educação que temos, e a Educação que merecemos
Por Murillo B. Bentes
Professor Licenciado e Especialista em Tecnologias Educacionais


Quando falamos em Educação de qualidade, não podemos nos referir apenas em Professor melhor qualificado (ou remunerado) ou em apenas planejar aulas mais "interessantes", devemos também levar em consideração alguns outros fatores que são parte fundamental no processo educacional.

mesas do refeitório


O nível de interesse dos nossos alunos, a estrutura física de nossas escolas, a disponibilzação de material pedagógico, acompanhamento por parte da família e por último, e não menos importante, a oferta de uma merenda de qualidade. Todos esses fatores juntos proporcionam uma melhora significativa na qualidade do aprendizado. Nesse primeiro texto irei discorrer sobre a questão que envolve a situação da  estrutura física da escola.


banheiro completamente deteriorados
Não é surpresa para ninguém que a maioria de nossas escolas públicas, do Estado, estão em condições precárias, no que diz respeito principalmente, a estrutura física. A Escola Everaldo foi inaugurada em 1993, porém apenas em 2003 foi realizada a primeira,  e pequena, reforma em sua estrutura (digamos um tapa no visual) reforma na qual a escola foi pintada (com as cores do gestor estadual da época), foram arrumadas as maçanetas das portas, foram instalados os quadros brancos (próprios para se usar com pincéis) abolindo assim os antigos quadros negros à giz, foi "mexida" algumas instalações elétricas, foram instalados murais nas salas de aula, além de reparos no telhado e na quadra.


algumas tomadas nem funcionam
Apesar de pontuais, essas pequenas reformas deram um novo gás dentro do ambiente escolar, pois o mesmo se encontrava sujo e bastante danificado. Contudo, apesar dos esforços do corpo técnico-administrativo em tentar conscientizar alunos e comunidade da necessidade de se preservar o patrimônio, pouco tempo depois esses mesmos alunos que outrora reclamavam das condições precárias da escola (lógico que nem todos os alunos se prestam a destruir o patrimônio que é público) estavam agora destruindo o resultado obtido com a  reforma.

o estado dos quadros de algumas salas de aula
Passados sete anos desde que foi realizado os reparos citados (nos anos seguintes no máximo era feita a pintura das salas interna e externamente), no ano passado foram feitas pequenas adaptações já pensando nos alunos com necessidades especias em especial aos que possem dificuldade de locomoção (hoje a escola possui um aluno cadeirante no turno da noite), rampas foram construídas e dois banheiros foram adaptados para as necessidades desses alunos que precisam ter acesso a educação de forma incluisiva e por essa razão têm esse direito, garantido em lei.

o telhado precisa de reparos urgentes
Estamos em 2011, e as condições dos ambientes da escola já demonstram um desgaste muito grande, fazendo com que a comunidade escolar clame por um reforma (verdadeira) e não apenas pequenos reparos. Mesmo que consigamos a tão sonhada reforma, nós enquanto corpo técnico-administrativo da escola, teremos um outro desafio que é o de conscientizar nosso aluno de que aquele ambiente pertence à todos, e que por isso ele deve ser preservado.

Muitos alunos entendem que a escola gratuita e pública (algo "dado"), e esse pensamento é cultural por essa razão leva um tempo para que consigamos mudá-lo, não se deve ter cuidado ou mesmo muitos alunos acreditam que se quebrar hoje amanhã a administração tem por obrigação substituir imediatamente algo que todos sabemos que dentro de uma estrutura governamental não acontece devido a vários fatores entre alguns deles, o  Desvio de recursos (uma praga que nos persegue nos tempos atuais), burocracia e etc.

portas, as que ainda estão no lugar não possuem fechaduras
os ventiladores das salas já não são suficientes
Para esse ano, já sabemos que existe  uma verba que será revertida para aquisição de 8 centrais de ar, com as quais será possível climatizar 4 salas de aula, amenizando assim o calor que devido aos tempos de aquecimento global está cada vez mais insurpotável no turno da noite, por isso imaginem nos turnos da manhã e tarde. Contudo para que se instale essas centrais, um outro serviço será necessário que será o de preparar a instalação elétrica para que seja possível suportar tais equipamentos.

Segundo informações repassadas pela direção da Escola, a nossa está incluída no cronograma de obras do GEA, porém sem uma data definida para a execução, pois para isso a necessida de recursos dos cofres estaduai, o  que atualmente andam escassos na atual gestão. Para esse ano, foi dada apenas uma mexida no visual na área externa do muro e no bloco administrativo, utilizando o padrão da atual gestão Estadual.

em 2011 apenas uma melhora na parte externa e interna do muro e no bloco administrativo
Como foi dito, a recuperação da estrutura física da escola escola representa apenas um dos fatores, dentre vários, dos quais devemos levar em consideração quando falamos em educação, pois existe muito a mais a ser feito e que aos poucos tentarei compartilhar aqui no Blog, sempre com o intuito de "provocar" o debate para que juntos possamos encontrar um caminho bem mais participativo rumo a uma verdadeira educação de qualidade.


E você caro leitor o que tem a dizer sobre o tema? deixe seu comentário ai na caixinha de comentários, vamos enriquecer o debate.

3 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Oi Murillo!muito bom seu texto onde aborda a estrutura das escolas estaduais. Falar deste tema exige um debate amplo por parte de toda sociedade, pois é realidade da maioria de nossas escolas, principalmente daquelas localizadas na zona rural do estado.Na secretaria de educação existe um cronograma de reforma que nunca sai do papel e quando sai passa-se anos na execução como é o caso da escola Afonso Arinos.Na gestão passada na minha escola "Ribamar Pestana", vivíamos uma situação crítica, depois de várias solicitações para a reforma e nada acontecia... Tomamos uma atitude, paramos às aulas, chamamos à imprensa e o governo nos ouviu. A gestora foi exonerada (sobrou para ela), mas uns reparos foram feitos de imediato. Hoje estamos com uma estrutura "boa", todas as salas de aulas (15) estão equipadas com centrais de ar e a parte elétrica foi resolvida, pois era uma questão séria e de riscos, mas agora contamos com um transformador exclusivo da escola.
Acredito que só com uma atitude mais firme por parte da comunidade do Everaldo poderá resolver, visto que este governo do PSB é complicado, pois eles acham que está tudo bem na educação.

Por Rosana Pacheco ( professora)

Thaíris Barbosa disse...

Oi,sou aluna do Everaldo e achei muito legal esse texto onde fala também da questão dos alunos,
realmente fica bastante dificil a escola ja esta em um estado crítico e alguns alunos ainda destroem mais,concordo com vc professor,e porque não fazer palestras sobre o assunto para concientizar os alunos de que devemos prezervar a escola.Acredito que seria uma boa maneira de fazer eles refletirem sobre o que fazem,a escola e nossa segunda casa e devemos cuidar dela.